País é dos membros europeus que menos recicla.
Resíduos e aterros em Portugal são desafios futuros e não há forma de o negar. Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia admite que o país está longe das metas de reciclagem.
Na inauguração em Tondela de dois projetos de biorresíduos, a ministra referiu ainda que “os aterros estão cheios. Não cumprimos os objetivos europeus, nem aqueles que estabelecemos para nós próprios, e o pior é que a trajetória está a derivar”. Embora o objetivo seja a diminuição de resíduos, em Portugal, a produção tem vindo a aumentar.
Ainda assim, tal facto não impede o trabalho feito em paralelo pelo atual governo (e anterior executivo), autarquias e empresas gestoras. Isto em especial foco na reciclagem e em prol de uma economia mais circular.
Simultaneamente procura-se a redução dos volumes depositados em aterro.
Resíduos e aterros em Portugal, mas com apoios insuficientes.
É também a própria ministra que informa sobre o financiamento insuficiente para o desenvolvimento de tecnologias de gestão. Desta forma, além de ponderar recorrer ao Banco Europeu de Investimento, Maria da Graça Carvalho partilhou outra novidade.
O desenvolvimento de uma campanha de sensibilização da população está a ser realizado. No caso, alertando para a necessidade de reduzir o número de resíduos produzidos. É que o resultado deste contínuo aumento está a levar o país para longe das metas europeias.
“Portugal recicla atualmente cerca de 21% dos resíduos sólidos urbanos, quando a média europeia, para 2025, são 55% e passa a 60% em 2035.“, explica, exemplificando o quão pouco é o valor reciclado.
Se por um lado, a incineração pode ser uma solução para o problema, por outro há que ter em atenção o brutal impacto ambiental. Daí a necessidade de se avaliarem várias, entre as quais a produção energética a partir da queima dos “lixos” depositados.
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