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Proibição europeia limita fabricantes automóveis face à liderança de outros produtores mundiais

O Tribunal de Contas Europeu é mandatório. A proibição de venda de veículos a combustão, a partir de 2035, irá limitar os fabricantes europeus, face ao crescimento internacional de produtores.

“(…) as baterias fabricadas na UE continuam a custar muito mais do que o previsto (…) levando a que os carros elétricos europeus não estejam ao alcance de uma grande parte da população.”, explica o Tribunal Contas Europeu (TCE) num relatório publicado no final de abril.

Embora seja essencial eliminar as emissões várias até 2050, a proibição europeia limita fabricantes. Ou seja, na impossibilidade de venda de automóveis a combustão (ou queima de combustível) a partir de 2035, os elétricos e híbridos ganham predominância. Mas a falta de materiais “made in Europe” condiciona o mercado.

Derivada da procura por matérias-primas que auxiliem a transição elétrica, fora do espaço europeu, coloca-se em causa a competitividade e liderança das empresas. Ao mesmo tempo, o aumento de preços dos veículos, derivado dos valores dos materiais necessários, fará com que a maioria das famílias não tenha acesso aos mesmos. Pergunta-se: Onde anda a justiça climática que “não deixa ninguém para trás”?

Imagem ilustrativa de um parque automóvel lotado. Leia-se na notícia que a proibição europeia limita fabricantes, uma vez que ao impedir a comercialização de veículos a combustão a partir de 2035, a União Europeia colocará em causa a soberania dos produtores europeus, face à resposta crescente dos fabricantes internacionais.

Proibição europeia limita fabricantes e coloca em causa do Pacto Ecológico Europeu

Ao mesmo tempo, atingir as metas previstas para 2050 parece mais longe. Como chegar às emissões “zero”, se não há alternativas energéticas suficientes ou se a aposta é apenas “elétrica”? A União Europeia tem de pensar seriamente no que pretende, em termos energéticos, e em termos económicos, uma vez que a dependência internacional é total.

Os fabricantes europeus apenas conseguem produzir 10% de baterias. O restante provém, grandemente da China, a valores muito mais competitivos. Fora a origem dos recursos minerais. 87% do lítio provém da Austrália, por exemplo. E não se deve esquecer que estes materiais não podem servir apenas para um único setor, quando tudo o que nos rodeia, depende da sua ocorrência. E sem opções de reciclagem e circularidade implementadas, o impacto ambiental da cadeia de valor total no fabrico automóvel, torna-se ainda maior.

Com a futura proibição europeia, o acesso da população a novos veículos também é colocado em causa. Nem todos têm a possibilidade financeira para automóveis europeus, e, em resposta, irão certamente adquirir os modelos “de fora”.

Uma “chapada” sem mão, para a obsessão “eletrificadora” de uma Europa energeticamente totalitária.

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