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Portugal aposta na produção verde. Projetos de biometano e hidrogénio poderão contar com apoios até 83 milhões de euros.

O governo de Portugal aposta na produção verde. O segundo aviso, com data limite de candidaturas a 31 de julho, quer privilegiar projetos de aproveitamento de biorresíduos para produção de energia.

Está assim aberta uma segunda oportunidade de investimento. O ministério do Ambiente e da Ação Climática, em nome do governo de Portugal, aposta na produção verde. Por intermédio do Fundo Ambiental, e por via do Plano de Recuperação e Resiliência, esperam-se novas candidaturas para a produção de gases com origem renovável.

Após a primeira fase do programa “Apoio à Produção de Hidrogénio e Outros Gases Renováveis” ter escolhido e apoiado um total de 25 candidaturas, em 40 que foram recebidas, espera-se agora uma nova vaga de candidatos.

Embora o objetivo do programa seja apoiar a produção de gases a partir de fontes renováveis, como o hidrogénio, irá dar-se maior relevância aos projetos que usem resíduos biológicos. Desta forma promove-se a neutralidade carbónica, bem como a redução de emissões, ao mesmo tempo que permite uma nova gestão aos biorresíduos no nosso país.

Imagem ilustrativa de canalização para circulação de gás natural, com sigla de H2.

Produção verde, uma aposta nacional e europeia

Visando a redução da dependência energética a partir de combustíveis fósseis, esta aposta na produção verde, torna-se obrigatória, principalmente a nível europeu.

Garantindo-se, desta forma, os meios para atingir as metas ambientais, a União Europeia também apresenta um pacote de leilões-piloto às renováveis. Neste caso, embora apenas dedicado à produção de hidrogénio verde, será um primeiro instrumento financeiro do Banco de Hidrogénio. Esperando-se que o seu lançamento ocorra durante o próximo outono, estes leilões terão como prémio, às ideias vencedoras, um valor fixo por kg de hidrogénio produzido, até ao máximo de 10 anos.

Já para Portugal, espera-se que estes novos investimentos tragam mudanças na comercialização de gás. A exemplo, os fornecedores que distribuam mais de 2000 GWh/ano, terão de incorporar ao gás natural, mais do que 1% de biometano ou hidrogénio verde na sua rede.

O governo também procura criar um sistema centralizado de compra e venda para o hidrogénio e biometano. Tendo por objetivo apoiar a produção de gases de origem renovável ou gases de baixo carbono, quer-se equilibrar os custos entre o biometano, o hidrogénio e o gás natural.

Será a Direção-Geral de Energia e Geologia responsável por definir as regras desta segunda fase de candidaturas. Estas serão posteriormente revistas e aprovadas por Ana Fontoura Gouveia, secretária de Estado da Energia, e só depois serão aguardados os novos projetos.

 

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