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Os resíduos na produção energética e o exemplo nacional

Dos combustíveis B7 ao B25, a sua origem depende sempre de energias não fósseis. Os resíduos na produção energética são assim essenciais para a almejada transformação.

A conferência B+ Summit, continua a ser alvo de interesse na nossa Plataforma. Numa altura em que cada vez mais se fala na constante transição e em novos projetos, é premente a discussão proativa levantada no evento.

Portugal tem a obrigação de fazer mais pela sua independência em combustíveis, garantindo uma resposta adequada às frotas mais poluentes – os pesados. Ao mesmo tempo, tem a possibilidade de usar resíduos na produção energética. Num país que desperdiça 1 milhão de toneladas por ano apenas em alimentos, ou seus subprodutos (dados de 2020), como não deve alterar comportamentos e aproveitar este descarte?

Falamos de alteração comportamental, que sim, terá claramente impacto no bolso de todos. Mas também falamos de uma percepção ambiental. Afinal não queremos atingir metas europeias?

No total, são 6 milhões de toneladas de resíduos produzidas anualmente no nosso país. A sua proveniência poderá ser vasta e abranger várias indústrias. Mas a sua aplicação deveria ser óbvia para a produção de mais e melhor energia.

Imagem colorida de abastecimento de combustível num automóvel através de um garrafão - aludindo a biocombustível

Resíduos como oportunidade de negócio

“Portugal é um pioneiro, a nível europeu, no aproveitamento de resíduos oleosos para a produção de combustíveis verdes. Mesmo assim só recuperamos cerca de 25 a 30% dos óleos alimentares usados que o país coloca no sistema” diz Emanuel Proença, Presidente da Associação de Bioenergia Avançada.

Na realidade existem mais projetos além dos elevados investimentos que se pretendem concretizar dentro do Plano de Recuperação e Resiliência. Nesses, os resíduos na produção energética podem apresentar um real input para novas oportunidades de negócio, contribuindo para uma cadeia circular económica. Mas são ainda poucas as empresas que realmente adotam estas soluções. Para Emanuel Proença, seria essencial essa visão estratégica para, como esperando, alavancar uma maior sustentabilidade nos transportes. A descarbonização depende destas alternativas também, tendo em atenção que a eletrificação eficiente de um país demora o seu tempo.

Os resíduos na produção energética, enquanto combustíveis verdes, não podem, então, ser descartados nem esquecidos. Tal como Emanuel Proença afirma “são uma fonte de riqueza” que assegura “mais economia e mais futuro”.

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