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Os Motores de Combustão não são o problema, mas o Combustível utilizado sim

 

É num contexto de grande preocupação, face à enorme disrupção dos atuais modelos de negócio, num mercado em alteração continuada, que somos confrontados com uma decisão do Parlamento Europeu, face a uma Proposta da Comissão, que proíbe a venda de novos veículos com motor de combustão interna, a partir de 2035, cujo impacto será profundamente negativo e transversal na atividade desenvolvida pela generalidade das Empresas deste Setor, tanto em Portugal como na Europa.

No nosso ponto de vista, a dependência de uma única solução tecnológica, é limitativa, tendo em conta que, outras soluções de carácter tecnológico avançado, consideram aspetos de natureza económica, social e ambiental, como é o caso dos combustíveis de baixo teor de carbono, produzidos a partir de fontes energéticas ambientalmente adequadas, cuja produção é exequível, pelo que, deveriam ser considerados de forma séria, pois, só a integração dessas soluções, permitirá atingir as metas ambientais previamente estabelecidas, o que é verdadeiramente, aquilo que está em causa.

A nossa presença, como Entidade fundadora na Plataforma de Combustíveis de Baixo Teor de Carbono (PCBC), revela aquela que será a posição da ANECRA e a nossa luta para, junto das Entidades Políticas competentes, no País e na Europa, defender uma solução diferente da decisão tomada, porquanto a mesma, colide com os interesses do Setor Automóvel em primeiro lugar, e em especial, com valores onde incluímos a componente Social, Económica, Ambiental e o Direito à Mobilidade Individual.

Tendo em conta o necessário Período de Transição, consideramos que o mesmo deverá ser ajustável de país para país, de acordo com metas ambientais exequíveis, o que obrigará a ter em conta as alternativas por nós propostas e fundamentalmente, as variáveis que possam distorcer o processo, no decorrer do mesmo.

Caso a proposta apresentada  (…)

Alexandre Manuel Ferreira
Presidente da Direção da Anecra

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