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O potencial dos biorresíduos, enquanto fonte de energia existe. São, aliás, uma das alternativas para a transição energética.

 

O potencial dos biorresíduos foi o tema principal durante o Green Economic Forum, evento anual organizado pela ECO/ Capital Verde.

“2050 não está assim tão longínquo, e descarbonizar navios e aviões… ainda não há soluções para isso. Assim, a incorporação de biocombustíveis não só está cada vez mais presente como fará parte da solução a longo prazo.”, diz Inês Ribeiro, gestora de projetos da Prio.

A investigadora não tem dúvidas do imenso potencial dos biorresíduos na transição energética. Mas, atualmente, Portugal, tem um longo caminho a percorrer.
E um dos exemplos mais óbvios, além do tratamento e recuperação de lixos, principalmente orgânicos, é a manutenção e reaproveitamento dos óleos alimentares usados. As taxas de reciclagem são muito baixas ainda, e não se conseguem criar bases para uma valorização económica com reduzidos volumes. Ainda assim, a Prio, em Portugal, e outras empresas, lá fora, tentam recuperar e incluir os biocombustíveis resultantes, no mercado de abastecimento.

imagem ilustrativa a cores, fazendo alusão ao potencial dos biorresíduos como fonte de energia verde e do futuro, versus a contínua queima com emissões de gases

 

Do Lixo ao Luxo

Durante alguns meses, era este o slogan mais ouvido. Aproveitar o lixo e transformar em “luxo”, reaproveitando resíduos e transformando-os em produtos de valor acrescentado.

Contudo, depressa passou de moda. E não existe sensibilização que pareça chegar à sociedade, por muita, e boa, informação que seja transmitida. O potencial dos biorresíduos está mais que provado, mas ainda existe falta de gestão e boas práticas entre as empresas e a população, para resultados “economicamente rentáveis”.

Entra aqui e então, o trabalho da Prio, bem como de outras empresas gestoras de resíduos, que tentam pautar pela diferença. Através de recolha selecionada, produzem não apenas compostos e biogás, como existe também a transformação em biocombustíveis que fazem parte, já, da indústria e mercado de abastecimento. Ao mesmo tempo, vários projetos piloto vão sendo concretizados, tendo em conta as especificidades e necessidades solicitadas. Ainda assim, algo é certo, Portugal precisa de fazer e apostar mais no potencial dos biorresíduos. De outra forma, entrará, novamente, em incumprimento com a meta de incorporação de biodiesel até 11%, quando poderia participar com muito mais.

Por outro lado, os impactos ambientais seriam enormes, produzindo-se uma redução de 83% face às emissões de gases com efeito de estufa pelo gasóleo, e de 67% face aos veículos elétricos.

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