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Motores a combustão a partir de 2035 e as novas regras europeias. A obrigação em reduzir.

Com as novas regras adotadas pelo Conselho Europeu, os motores a combustão a partir de 2035 poderão sobreviver numa rara exceção. Ao mesmo tempo, passa a ser obrigatória a redução até 55% das emissões a partir de 2030.

Perante as novas medidas apresentadas pelo Conselho Europeu (CE), os veículos com motores a combustão deixam de ser vendidos dentro da União Europeia (EU) a partir de 2035.

Contudo, isso não implica o seu desaparecimento – podem continuar em circulação os automóveis adquiridos até 31 de dezembro de 2034. E, mesmo a partir de 2035, uma única exceção poderá ser levada em conta – com a presença dos e-fuels.

Sabemos, no entanto, que o futuro trará, indiscutivelmente, uma transição também na forma de locomoção. E se nem todos conseguem ter acesso a novas viaturas de transporte individual, há que fazer a mudança gradualmente.

Por outro lado, não há forma de contornar a situação climática. Torna-se mandatório a redução das emissões para cumprir as metas ambientais.

Assim, na passada terça-feira, dia 28 de março, o CE decidiu tornar ainda mais rígidas as regras referentes à diminuição de CO2. Entre 2030 e até 2034, os automóveis de passageiros, com motores a combustão, deverão passar a ter uma redução de 55% das emissões. Já os veículos comerciais terão de ter uma redução de 20% face aos níveis de 2021.

Sendo então impossível adquirir automóveis a gasolina e gasóleo, a partir de 2035, e com novas viaturas a entrar no mercado, um maior apoio aos cidadãos é dado. Ao mesmo tempo, dará hipótese às marcas de entrar na corrida da transição energética.

“As novas regras trarão oportunidades para novas tecnologias de ponta e criarão o impulso para a indústria automóvel investir num futuro livre de combustíveis fósseis”, disse Romina Pourmokhtari, ministra Sueca do Clima e Meio Ambiente.

Imagem ilustrativa de um automóvel estar a ser carregado com energia elétrica

Novos anos, novas medidas e a importância dos e-fuels

Não se pense, contudo, que as medidas ficam por aqui. Um novo regulamento europeu também entrará em vigor entre 2025 e 2029.  Será um mecanismo de incentivo regulatório para baixas emissões e emissões zero. Dentro deste, se um fabricante cumprir determinados parâmetros para a venda de veículos será recompensado com metas de CO2 menos rígidas. Dos fatores referidos no documento, pretende-se uma redução de 25% de emissões para carros e menos 17% para carrinhas.

Por outro lado, como mencionado, haverá uma exceção à regra de venda de motores a combustão. Os e-fuels parecem entrar em cena, estando prevista uma proposta para estes combustíveis neutros a partir de 2035.

O que se propõe

A CE pretende apresentar a partir de 2035 uma proposta de registo de veículos exclusivamente a combustíveis neutros em CO2. Abrem-se assim as portas para uma oportunidade a novas alternativas ao hidrogénio e eletrificação generalizada, colmatando as questões levantadas por alguns países nos últimos dias. Mas será que não passa tudo de um golpe político?

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