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Moçambique entra na produção de hidrogénio, procurando liderar esta resposta energética em 2030

Tendo por meta investir da transição energética até 2050, Moçambique entra na produção de hidrogénio, querendo ser número 1 entre os países da África Austral.

É essencial falar de transição energética e descarbonização nos dias que correm. Contudo, ainda existe uma certa descrença ao potencial de baixo carbono. Por outro lado, não basta falar apenas no que ocorre a nível europeu, norte-americano ou asiático.

África, nomeadamente a África Austral, apresenta um potencial igualmente fundamental. Esta importância dará certamente resposta aos desafios regionais, numa descarbonização que deve ser feita por todos. Para todos.

Moçambique entra na produção de hidrogénio verde, no âmbito da Estratégia de Transição Energética (ETS), desenvolvida pelo Governo. Num objetivo claro em fazer do país um dos líderes na produção de hidrogénio na África austral até 2030, a ETS aposta em investimentos de 73 mil milhões de euros, em metas também estabelecidas, até 2050.

Pensando na descarbonização interna e na economia do país, o desenvolvimento energético é óbvio. Principalmente quando se pensa nas várias fontes de matéria prima e recursos que o país apresenta.

Passando pelo potencial hidroelétrico, solar, eólico, a presença de gás natural, a produção de hidrogénio, este é apenas o primeiro passo na transformação, desenvolvimento e evolução de Moçambique. Designada como “estratégia do hidrogénio”, o governo Moçambicano admite que muito trabalho ainda terá de ser feito. Nomeadamente na aposta em quais dos mercados, parceiros, e a escala de produção, podendo dar resposta aos desafios de procura, em produtos e serviços, a partir de baixo carbono.

Fotografia colorida da barragem moçambicana de Cahora Bassa. Moçambique entra na produção de hidrogénio, querendo aproveitar os vários recursos do país, incluindo a energia elétrica.

A “estratégia do hidrogénio” e a procura por empresas parceiras

Com objetivos claros sobre a produção e consumo de hidrogénio para 2024, Moçambique entra na produção e sabe que pode obter resultados a baixo custo. Em consequência, esta produção torna-se mais competitiva nos mercados internacionais.

Ainda assim, será importante reconhecer quais os melhores parceiros para investimentos. E, também, deverá ser reconhecido todo o potencial dentro da cadeia de valor. Desde a produção, até ao transporte, passando pelas indústrias dependentes.

“Moçambique tem um grande potencial para desenvolver uma indústria de hidrogénio devido aos seus recursos abundantes.”, sublinha-se no documento oficial emitido pelo Governo de Moçambique.

Além destas preocupações, também se esperam parcerias regionais com os restantes países da região austral para a economia de hidrogénio. Uma colaboração essencial e estratégica para cada uma das fases do projeto.

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