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Marc Márquez testa biocombustível Repsol em Jarama

 

O piloto espanhol e a Repsol Honda testaram o novo combustível de origem não fóssil. Marc Márquez mostra-se satisfeito com o teste.

A temporada 2022 terminou há poucos dias, e já o piloto espanhol Marc Márquez e a equipa Repsol Honda estão a trabalhar na temporada 2024. Sim, leu bem, 2024. Tudo porque de acordo com as intenções dos organizadores de MotoGP, será a partir desse ano que a categoria rainha obrigará as equipas a utilizarem combustíveis de origem não fóssil.

Na realidade, em 2024 o combustível usado pelos protótipos de MotoGP apenas terá de ter uma percentagem de 40% de combustível de origem não fóssil. Apenas a partir de 2027 terão de utilizar 100% de combustível mais amigo do ambiente.

Sendo a Repsol a principal patrocinadora da equipa de fábrica da Honda em MotoGP, a empresa espanhola especializada nos mais diversos tipos de energia recrutou o oito vezes campeão por algumas horas. O local foi o histórico circuito de Jarama, nos arredores da capital espanhola Madrid, e o resultado deste primeiro teste com o combustível especial da Repsol foi bastante positivo.

Mesmo tendo utilizado a sua Honda RC213V-S, a réplica da MotoGP da Honda para estrada, Marc Márquez mostrou-se satisfeito por ter sentido que o motor V4 japonês não revelou quaisquer diferenças em termos de entrega de potência, comparando com o combustível tradicional.

Na realidade, a Repsol tem já um longo historial de utilização de combustíveis não fósseis. Por exemplo, na Fórmula 4 francesa os combustíveis fornecidos pela empresa espanhola são já produzidos com recurso a matéria prima 100% renovável.

Também no mundo das duas rodas, e mais especificamente no Rali Dakar, a Repsol Honda Team utilizou já um combustível nas suas motos de rali que é conseguido através da mistura de 50% de biocombustível com outra metade de combustível de origem fóssil.

No caso do combustível em desenvolvimento para MotoGP, e especificamente para a equipa Repsol Honda, estamos a falar de um biocombustível altamente avançado, que foi agora testado pela primeira vez por Marc Márquez antes da Repsol continuar o seu desenvolvimento, e posteriormente dar início à produção do biocombustível em maior escala, tendo para isso uma fábrica que fará combustível a partir de lixo, em Cartagena, sendo que em Bilbao também existe uma fábrica, mas neste caso dedicada ao desenvolvimento e fabrico de combustíveis sintéticos.

Em relação ao teste, e para além de se mostrar contente por rodar de moto pela primeira vez em Jarama, Marc Márquez referiu que sentiu um odor diferente quando colocaram a sua RC213V-s a trabalhar na box antes de entrar em pista.

Mas, fora o odor proveniente da queima do biocombustível da Repsol, o piloto espanhol garante que tudo o que sentiu aos comandos da moto japonesa aponta para que não existam perdas de potência ou problemas derivados da utilização destes combustíveis mais amigos do ambiente,

Marc Márquez após o teste do biocombustível da Repsol, disse:

“Foi um teste positivo, pois senti-me bem e não notei diferença nenhuma ao usar o biocombustível, o que, no final, será o objetivo. Quando a Repsol leva qualquer coisa para o circuito, é porque já foi bastante testado antes, mas é sempre importante testar em pista para confirmar que os resultados não se alteram devido a coisas como temperatura ou humidade. Como piloto, estou sempre a olhar para a resposta do motor. Quero que as rotações subam de forma linear, que o sentimento quando tocamos no acelerador seja de suavidade, e isso depende da combustão, que por vezes poderá ser agressiva. Neste caso foi suave. Também notei que o motor tem boa performance em altas rotações, que é quando precisamos de mais potência” 

(…)

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