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Lisboa sem mobilidade sustentável. Ranking europeu coloca a capital longe dos lugares cimeiros

 

A capital está aquém das expectativas, perante uma má gestão de transportes públicos de baixas emissões, falta de prevenção eficaz nos corredores verdes e acessos proibitivos às horas de ponta.

Lisboa sem mobilidade sustentável. É basicamente este o resumo constatado no estudo feito pela Campanha Cidades Limpas, uma coligação europeia da qual a Associação ZERO faz parte.

Frente a 42 outras cidades europeias, a capital é a única cidade portuguesa envolvida no estudo sobre soluções de mobilidade. E o resultado não é feliz.

Baseando-se em 4 fatores, que passam pela partilha de trotinetes e bicicletas, partilha de automóveis elétricos, autocarros com emissões zero e, infraestruturas de carregamento, Lisboa apresenta um total de 49.8% (até 100%). Um 10º lugar, com uma classificação C (em escala de A-F), que apresenta, ainda assim, como pontos positivos, a ampla oferta de trotinetes e bicicletas, pelos organismos locais, bem como pela existência de postos de carregamento, face ao atual número de veículos movidos a eletricidade.

Contudo, nos restantes fatores de avaliação, a cidade está aquém do que seria esperado. Começando pela falta de gestão verificada nos corredores verdes versus passeios para pedestres. Além de se cruzarem, levando a acidentes, existe também uma ampla falta de boas práticas a quem usa os meios de locomoção. E passando, claro, pelo número ainda insuficiente de transporte públicos movidos a combustíveis de baixo carbono ou, alternativas de emissões zero. Apenas 15 dos autocarros em circulação são elétricos, embora a CARRIS esteja comprometida em testes-piloto com biocombustíveis.

Imagem colorida de autocarro em paragem em zona de Lisboa. No ranking apresentado pela associação ZERO Lisboa está longe dos lugares de topo no que toca à sustentabilidade nos acessos à capital, destacando-se a falta de apostas em baixas emssões.

Objetivo: mudança

“É necessário que se estabeleça um objetivo claro no que diz respeito ao sistema de mobilidade urbana e que acelere a implementação de medidas no sector dos transportes com vista ao alcance de emissões zero até 2030.” diz a Associação ZERO.

Contudo, continuará a ser a óbvia falta de gestão no acesso de transportes (públicos e privados). Lisboa sem mobilidade sustentável irá acima de tudo depender da forma como os municípios metropolitanos poderiam, junto do Governo, melhor organizarem faixas de BUS, fora melhoria de horários e rotas.

De outra forma, será impensável atingirem-se metas daqui a 7 anos.

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