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Islândia terá a maior fábrica que aspira CO2- da CLIMEWORKS

 

A unidade da nova era fica situada num parque geotérmico perto de Reiquiavique e terá a capacidade para sugar 36 000 toneladas de CO2 por ano da atmosfera. Foi anunciada como a maior unidade industrial do mundo a capturar dióxido de carbono do ar e a depositá-lo no subsolo. A construção, na Islândia, começou há poucas semanas e é assegurada pela empresa suíça de tecnologia verde Climeworks. Esta “fábrica” de captura direta de ar está a ser construída no Parque Geotérmico, perto de Reiquiavique, na Islândia, no prazo de de 18-24 meses, e terá capacidade para sugar 36 000 toneladas de CO2 por ano do ar.

A Climeworks ergueu a sua primeira unidade DAC em 2017, na Suíça, e atualmente tem 15 máquinas em operação. No site da empresa suíça, responsável pela construção da fábrica na Islândia, está disponível um vídeo onde se explica esta “tecnologia para reverter as alterações climáticas”, como a descrevem.

“Há uma certa quantidade de CO2 que estamos autorizados a libertar para a atmosfera por forma a limitar o aquecimento global a 1,5 graus”,

começa por explicar Christoph Gebald, fundador e diretor da Climeworks, adiantando que alguns cientistas avisam que já ultrapassámos o prazo para reverter a destruição do planeta.

“E se tivéssemos uma tecnologia para parar as alterações climáticas?”, questiona.

O vídeo (AQUI) mostra então a fábrica da Climeworks de captação de CO2 do ar em Hinwill, na Suíça, e passa para a Islândia, com o outro diretor fundador da Climeworks, Jan Wurzbacher, a explicar como vão fazer

“Para remover dióxido de carbono da atmosfera são precisas duas coisas: uma máquina que filtra o CO2 do ar e um local de armazenamento seguro e permanente”. E é aí que entra o local de captação e armazenamento em Hellisheidi, na Islândia. “Na Islândia há formações rochosas de basalto que podem facilmente armazenar CO2. Podemos injetar dióxido de carbono, este reage com as formações rochosas e torna-se carboneto sólido, a um quilómetro no subsolo”, explica Jan. “Se pensarmos de onde veio todo o CO2, veio do subsolo, de óleo ou gás fóssil. Abrimos estes depósitos para libertar o carbono e agora estamos basicamente a depositar de novo o carbono no subterrâneo”, descreveu o responsável da Climeworks. É uma tecnologia que, acreditam, irá de facto reverter as alterações climáticas. “Estabelecemos como meta, na visão que temos, capturar 1% das emissões globais de CO2 em 2025 para limitar o aquecimento global a níveis razoáveis”.

A nova fábrica da Climeworks chama-se “Mammoth” e terá cerca de 80 grandes blocos de ventiladores e filtros que sugam o ar e extraem o CO2, que a empresa islandesa de armazenamento de carbono Carbfix mistura depois com água e injeta no subsolo – onde uma reação química o transforma em rocha. A empresa também já avisou que não deverá ficar por aqui e que irá construir uma instalação muito maior, capturando cerca de meio milhão de toneladas de CO2 por ano – e depois replicar múltiplas plantas dessa dimensão até ao final da década.

 

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