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IA ajuda à geração de materiais que permitem uma substituição de componentes que, por agora, têm maior impacto ambiental

 

Com o conhecimento das ciências exatas, um grupo de cientistas deu mais um passo tecnológico. Na Microsoft e com o apoio de outros especialistas, a IA ajuda à geração de materiais, ou matérias-primas, auxiliando à transição energética.

A descoberta de materiais tem acompanhado a própria evolução da humanidade. Contudo, aos dias de hoje, e graças ao grau de conhecimento atingido, novas formas podem ser usadas para a substituição artificial destas matérias-primas.

Embora muitos possam colocar em causa o real valor da Inteligência Artificial (IA), a verdade é que um grupo de físicos, matemáticos e informáticos da Microsoft, desenvolveram um novo tipo de bateria elétrica baseada em “machine learning”.

Para tal, usaram algoritmos, que permitiram escolher os melhores elementos, mais estáveis e com maior condutividade. A análise e testagem dos eletrólitos permitiu desta forma escolher os materiais entre 32 milhões, iniciais, de candidatos.

“Não somos cientistas de materiais, então, contactei alguns dos especialistas que trabalharam em grandes projetos de baterias para o Departamento de Energia e perguntei: “O que acham? Estaremos malucos?”” explica Nathan Baker, Diretor sénior de Parcerias para Química e Materiais, Microsoft.

Do outro lado da linha, respondeu o Pacific Northwest National Laboratory, sugerindo que fossem usados mais critérios de avaliação na IA.

Imagem colorida e ilustrativa de uma mão "mecânica", robotizada, representando a Inteligência Artificial ou IA, segurando uma pilha/bateria representando uma fonte de energia, com um Z, no interior. Na Microsoft, a IA ajuda à geração de materiais, num trabalho que envolve várias áreas de engenharia.

IA ajuda à geração de materiais, e à nova bateria de Lítio e Sódio

O material eleito, foi assim determinado pela filtragem, escolha e eliminação, com recurso à IA. Isto permitiu também uma avaliação de todos aqueles que poderiam enfraquecer uma bateria ou, a forma como se comportariam, enquanto a bateria estivesse a trabalhar.

Como resultado final, através de síntese laboratorial, foi uma nova ligação e estrutura de eletrólitos de Li-Na (lítio e sódio). Para os cientistas do projeto, a surpresa consistiu em verificar que mais de metade dos átomos de lítio tinham sido substituídos por sódio. Esta observação faz questionar como os elementos funcionam dentro de uma bateria.

Desta forma foi possível reduzir até menos de 70% o concentrado em lítio necessário. E embora hajam limitações às experiências realizadas, tal como, possuir uma menor condutividade, ou no investimento financeiro, a geração desta nova bateria durou 9 meses até estar funcional.

Um passo em frente à transição e ao desenvolvimento prático que a IA pode ter.

 

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