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Hidrogénio em latas de alumínio – uma fonte de energia, pelo bem do ambiente

A explosão de tecnologias inovadoras para a geração de energia ou captura de emissões, tem sido voraz nos tempos que correm. Por resultado, a Found Energy é um desses exemplos, desenvolvendo a produção de hidrogénio em latas de alumínio.

Embora sejam projetos em fases piloto, salienta-se que algumas empresas procuram realmente pautar pela diferença e evolução. Como tal, a geração de hidrogénio em latas de alumínio, pode fazer parte na política que permite mitigar a poluição por descarte de resíduos sólidos.

A Found Energy, uma empresa de Boston, nos Estados Unidos, arranca desta forma com uma ideia diferente. Uma vez que se reconhece a dificuldade em produzir hidrogénio verde, porque não serem usados resíduos descartados? Nesse sentido, para um processo que implica a extração de hidrogénio via alumínio, a ideia partiu de um cientista da NASA.

Em síntese, tudo se resume à utilização de folhas de alumínio ou latas de conserva, produtos de baixa qualidade, que servem como fonte de alimento aos reatores. Desta forma, na presença de água, o alumínio é oxidado, e ocorre libertação de partículas de hidrogénio que serão usadas para energia ou armazenadas em células de combustível.

Por outro lado, o hidrogénio “contido” nas latas de alumínio, poderá também ser uma resposta a reservas mais imediatas. Uma tonelada de alumínio tem aproximadamente 8.6MWh de energia armazenada.

Em comunicado, a empresa alega “A Found Energy desenvolveu uma tecnologia inovadora que utiliza água para oxidar o alumínio, convertendo a energia armazenada em hidrogénio e calor. Este processo tem a capacidade de funcionar em detritos de baixa qualidade, bem como com latas de alumínio contaminadas, sujas.”

Imagem colorida de latas de alumínio. A produção de hidrogénio a partir de latas de alumínio é apenas um protótipo do potencial de resíduos descartados.

Hidrogénio em latas de alumínio, uma alternativa potencial

De acordo com Gadi Ruschin, cofundador da Found Energy, uma simples lata de refrigerante contém energia suficiente para carregar um smartphone de última geração até 14 vezes. Ao mesmo tempo, a densidade energética é duas vezes superior ao gasóleo e dez vezes maior que hidrogénio. E como tal, maior quantidade poderia ser transportada em menores navios de transporte ou outros veículos. Um passo distinto em relação a outras renováveis, cuja energia produzida é transportada até ao consumidor através de redes elétricas. Tendo em conta que as infraestruturas não estão totalmente desenvolvidas, esta poderá ser uma alternativa.

Explica o CEO que “ao contrário dos combustíveis fósseis, a energia renovável é normalmente produzida em fábricas ou campos específicos. É depois transportada pela rede – mas se a energia é precisa noutro lado, ainda não existe uma solução eficaz, e é nesse campo em que entramos em cena”.

Posto isto, a ideia de produzir hidrogénio em latas de alumínio, permite também a reutilização de produtos residuais descartados. Uma forma de preservar o ambiente contribuindo para uma economia circular com recurso a produtos secundários.

 

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