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Hidrogénio e etanol no Brasil, um passo além na produção da cana-de-açúcar
Através de um processo designado por “reforma a vapor” o Brasil, principal produtor do biocombustível etanol, a partir da cana-de-açúcar, poderá tornar-se também produtor de hidrogénio sustentável.
Atualmente o Brasil é o principal produtor de etanol do mundo. Isto a partir de cana-de-açúcar. Por outro lado, o hidrogénio atualmente produzido mundialmente, provém de gás natural. A ideia é assim essencial, para tornar o procedimento, mais “verde”.
Uma das vantagens deste projeto de hidrogénio e etanol no Brasil, é saber que além da fábrica-piloto, a central de reação química, pode ser colocada em estações de serviço. Desta forma, permite o abastecimento de etanol para produzir hidrogénio no local. Assim diminuem-se custos de transporte, entre outros problemas geralmente associados, como a compressão e liquefação do biocombustível.
O desafio tecnológico foi anunciado pela Universidade de São Paulo, que espera poder construir a primeira fábrica de produção. O método, “reforma a vapor”, consiste no aquecimento de uma mistura de vapor de água e etanol, a cerca de 700 graus, até resultar hidrogénio.
Por agora, a fábrica piloto teria a capacidade de produção para cerca de 4.5 quilos de hidrogénio por hora, podendo entrar em funcionamento na segunda metade de 2024.
Lista vantajosa para o hidrogénio e etanol no Brasil
Custos de produção mais reduzidos, e a proximidade às estações de serviço da central química (pela empresa Hytron), são algumas das vantagens deste empreendimento. O que para a petrolífera Shell, são sempre mais valias.
“O objetivo é “testar a eficiência tecnológica” da fábrica para, eventualmente, “escalar” a tecnologia para uso comercial”, afirma Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell no Brasil.
Um projeto que pretende ser um passo mais além na produção de cana, e que permite um duplo contributo para descarbonização de um dos maiores países do planeta.
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