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Híbridos apresentam mais emissões, de acordo com estudo feito pela Direção Geral para a Ação Climática da União Europeia
Embora com maior crescimento no número de vendas na Europa, os plug-in híbridos apresentam mais emissões.
Resultante da Direção Geral para a Ação Climática via Comissão Europeia (CE), a avaliação feita a 600 mil automóveis é surpreendente. Os híbridos apresentam mais emissões, que foram medidas em utilização real. Estes dados foram comparados com os valores apresentados em laboratório.
Estes aumentos, aos quais acresce a distância percorrida, correspondem a 3.5 vezes ao esperado. Em termos de consumo, fala-se de 20% mais em termos de gasóleo e gasolina. Já de acordo com o relatório, a justificação poderá derivar dos veículos não serem operados como esperado.
Ou seja, os híbridos apresentam mais emissões pois os consumidores finais preferem usar os híbridos na versão “tradicional” e não na sua forma elétrica.
Estes valores vão também ao encontro do que é mencionado pelo Conselho Internacional da Mobilidade Limpa que afirma: “o consumo real de combustível dos plug-in na Europa é três a cinco vezes maior do que os valores de aprovação WLTP.”

Híbridos apresentam mais emissões mesmo com dados limitados dos fabricantes
O estudo apresenta-se como uma primeira resposta às alterações que deverão ser feitas ao ciclo de condução WLTP. Este ciclo, combinado, avalia os consumos de combustíveis, bem como as emissões pelos tubos de escape. Tem por objetivo a redução de diferenças entre os valores de consumos reais, e os valores “oficiais”.
Ainda assim, a CE alerta para algum enviesamento dos dados, uma vez que os fabricantes podem não apresentar valores para a totalidade das suas frotas. Por outro lado, estes resultados demonstram bem a forma como os consumidores veem a necessidade de aquisição de veículos de nova geração.
Com a alteração política à venda de motores unicamente a combustão, os plug-in ganham terreno, mesmo que usados na sua versão “mais poluente”. E, embora aparente um retrocesso aos objetivos europeus de eletrificação, é uma forma de se repensar as fontes de energia.
Além disso, face à perda de liderança no mercado, os principais fabricantes estão a reduzir o investimento 100% elétrico. A aposta nos híbridos parece ser, atualmente, mais interessante. Mesmo que implique um aumento das emissões.
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