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Green NCAP elogia o desempenho dos biocombustíveis

 

Ronda de testes a 6 novos modelos coloca Ford Puma em destaque, por recorrer ao bioetanol como combustível com bons resultados. 

 A Green NCAP divulgou esta quinta-feira as classificações de seis novos modelos: o Kia Sportage 1.6 T-GDI equipado com um sistema híbrido de 48V, o Mercedes-Benz T-Class T180; o Land Rover Range Rover D350; o Ford Focus 1.0 EcoBoost Mild Hybrid e finalmente o Ford Puma 1.0 EcoBoost Flexifuel, que a Green NCAP testou com dois combustíveis diferentes: gasolina E10 standard e bioetanol quase puro E85. Os resultados dos testes mostram que o bioetanol tem benefícios consideráveis para a redução global dos gases com efeito de estufa e o impacto global no ambiente.

O bioetanol é um combustível alternativo que tem vindo a despertar o interesse em vários países europeus, particularmente em França, onde os preços deste combustível são significativamente mais baixos, com as infraestruturas a ganhar cada vez mais capacidade de abastecimento. Também o número de automóveis de combustível flexível já representam 2,2% dos registos de veículos. O CO2 emitido por um veículo movido a bioetanol é absorvido da atmosfera pela fonte de biomassa enquanto a planta está a crescer, pelo que não é adicionado CO2 novo ao ambiente. Se considerarmos todo o ciclo de vida de um biocombustível, existem também emissões de gases com efeito de estufa relacionadas com a produção e fornecimento do biocombustível – por exemplo, emissões provenientes da fertilização com azoto durante o cultivo de matérias-primas na agricultura e a conversão de biomassa em etanol devido à utilização de energia fóssil.

No teste com o E85, o Ford Puma Flexifuel obteve uma impressionante pontuação de 6,9/10 no Índice de Gases com Efeito de Estufa, o que representa uma melhoria significativa no impacto climático em comparação com a pontuação de 3,7/10 obtida pelo mesmo veículo que funciona com gasolina normal. Globalmente, o Ford Puma 1.0 EcoBoost Flexifuel alcançou uma classificação de três estrelas a rodar com bioetanol E85, enquanto os resultados foram suficientes para uma classificação de duas estrelas e meia no caso do combustível padrão.

O Mercedes Classe T é um veículo utilitário polivalente e, por isso, é de esperar um consumo de gasolina de cerca de 7 l/100 km. Contudo, no ensaio em autoestrada, o número sobe acima dos 9 l/100 km. Estreitamente relacionada com o consumo está a quantidade de emissões de CO2 emitidas e aqui a Classe T recebe apenas 1,7 pontos, apesar dos pontos bónus concedidos pelo excelente controlo do metano e do óxido nitroso. O carro pontua particularmente bem no índice de Ar Limpo, onde demonstra um elevado desempenho na redução dos seus gases poluentes. Os resultados são creditáveis, com deduções menores para as emissões de partículas e amoníaco. Graças a esse índice, o Mercedes-Benz T180 recebe duas estrelas e meia.

O Range Rover D350 é um pesado SUV de luxo, equipado com um motor diesel de seis cilindros com uma potência de 258 kW. O seu sistema híbrido suave não pode reduzir o consumo a níveis que lhe permitissem obter resultados superiores nos índices de Eficiência Energética e de Gases com Efeito de Estufa. Os valores de consumo e as respectivas emissões de gases com efeito de estufa são justos para um veículo deste tipo e massa, mas ainda assim constituem um grande impacto sobre o ambiente. Este SUV britânico pontua uma estrela e meia.

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