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Governo aposta em H2 para 2030. Com uma produção que se espera de 5.5 GW, apostando na descarbonização da indústria

 

Sendo necessária, Portugal espera aumentar para 5.5 GW a sua capacidade de produção, de forma a poder exportar hidrogénio para a Europa. Será que faremos parte do “corredor verde”?

Não se nega a quantidade de projetos relacionados com o hidrogénio no nosso país. Mas ao mesmo tempo, não se sabe ao certo, qual a real capacidade de produção, transporte e armazenamento alocados a este gás.

Se por um lado, as vantagens ambientais são evidentes, por outro lado, a eficiência energética e a potencialidade de alimentar as necessidades da população, tornam-se mais escassas de acordo com alguns estudos.

A Associação Zero, por exemplo, tem várias dúvidas nos valores de produção apresentados, sendo que o Governo aposta em H2 para 2030. Assim a proposta seria o uso de hidrogénio juntos aos locais onde possa ser produzido. Porquê? Porque tudo o resto irá causar um desperdício energético (bem como de oxigénio) gigante durante a fase de eletrólise, transporte e distribuição. Isto de outros projetos de armazenamento alternativos não entrarem na equação.

Imagem colorida de um planeta, metade coberto por árvores, metade coberto por edifícios, relacionando-se com a aposta do Governo em H2 para 2030, num processo de mudança à energia atual

PNEC 2030 e ambições europeias

Além do mencionado, o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030) foi apresentado há uma semana à Comissão Europeia. No documento consta essencialmente alterações feitas quanto à aposta de H2 para 2030, desejando o estado português, atingir os 5.5 GW.

“A Estratégia Nacional do Hidrogénio será revista, mais do que duplicando a capacidade prevista de eletrolisadores até 2030 (de 2,5 GW para 5,5 GW), contribuindo assim para a segurança de abastecimentos no espaço europeu.” afirma o Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

Contudo, é neste ponto que o grupo ambientalista se bate, referindo ser “absolutamente crucial a existência de um plano para o hidrogénio verde para além da atual estratégia relativa a este gás que evite os enormes desperdícios de energia renovável associados à filosofia presente no PNEC.”

De acordo com a ZERO, a descarbonização da indústria via hidrogénio deverá ser localizada, sendo que a injeção de H2 na rede de gás, obrigando a um aumento de 30% de produção, apenas contribui para uma contínua utilização de energia fóssil. É importante haver, sim, uma completa substituição de uma forma de energia, pela outra, mas de forma sustentável.

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