www.expresso.pt

Elétricos com preços baixos em 2024 não chegam para suplantar a dependência energética europeia

Mesmo apresentando elétricos com preços baixos, a União Europeia arrisca-se a perder espaço face à entrada do mercado internacional em território europeu.

Nem mesmo apresentando elétricos com preços baixos, numa diminuição entre 10 a 20% durante 2024, a União Europeia consegue fazer frente à nova vaga de veículos, e arrisca-se a perder espaço face à entrada do mercado chinês.

Numa óbvia dependência por materiais e matérias-primas essenciais, a CLEPA, Associação de Fornecedores Automóveis europeia, não prevê boas notícias. Ainda assim, adianta um estudo feito pela PwC Strategy & Fraunhofer. Neste, a utilização de baterias de sódio na construção de novos veículos, poderá resultar em preços ainda menores.

Assim, quando falamos num fabrico automóvel “verde”, geralmente esquecemos que 50% dos custos totais, dependem das baterias. E estas, resultam da utilização de matérias-primas que, atualmente, ainda não encontramos em solo europeu. Em resultado, questões geopolíticas podem resultar em problemas de segurança no abastecimento, ou mesmo quebras na cadeia de importações.

Apenas a União Europeia importa cerca de 40% destes materiais essenciais, e de acordo com a CLEPA “É provável que as dependências geográficas continuem a ser um risco, com a China a controlar mais de 75% da cadeia de abastecimento”. Nomeadamente de grafite, elemento é essencial para a produção de ânodos para as baterias elétricas.

Imagem alusiva à notícia partilhada de que nem com elétricos a preços baixos, em 2024, a União Europeia será capaz de fazer frente à vaga de veículos provenientes da China, ao mesmo tempo que depende das matérias-primas extraídas do país asiático.

Elétricos a preços baixos não travam, também, perda de empregos

Embora a construção de novos automóveis continue, infelizmente não chegará para impedir a eventual perda de 97 mil postos de trabalho no setor. A CLEPA menciona que serão fabricados menos 500 mil automóveis face a 2022. Um cenário pouco auspicioso para a garantia de alcançar as primeiras metas de redução de emissões até 2030.

“Face à contínua incerteza económica e industrial, a cadeia de fornecimento automóvel prepara-se para um ano de crescimento moderado”, acrescenta a associação.

 

LEIA A NOTÍCIA ORIGINAL AQUI