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Diesel e hidrogénio, a combinação para a liderança na Transição Energética
Álvaro Sousa é engenheiro e um dos cofundadores da Keyou, uma empresa alemã, que pretende revolucionar o setor da mobilidade terrestre.
Álvaro Sousa, engenheiro e cofundador da Keyou, pretende ser um dos agentes de transição em Portugal.
A Keyou, empresa sediada e a operar na Alemanha desde 2015, quer rapidamente transformar o setor dos transportes. Para tal, desenvolveu uma tecnologia que permite converter motores a diesel, para a utilização com hidrogénio. Estes motores serão primeiramente usados em camiões e frotas de longo transporte, com objetivo em reduzir emissões de CO2.
“Otimista por natureza”, como se auto define na entrevista ao jornal EXPRESSO, Álvaro acredita que a principal mudança ocorra, quando a sociedade também quiser mudar os seus hábitos de vida e consumo.
Neste aspeto, todos os cidadãos terão um papel fundamental no que toca à sustentabilidade. E ao forçarem as empresas a terem melhores desempenhos e a optarem pelas escolhas certas, tornam-se parte do ciclo. Além de poderem apostar noutros métodos para a proteção do meio ambiente e captação de gases com efeito de estufa.
Diesel e hidrogénio e o estímulo político
Contudo, Álvaro Sousa, também constata os problemas e desafios na prática de sustentabilidade. Um dos exemplos que apresenta passa pelo financiamento dado aos novos projetos: “O que acontece hoje em dia é que, muitas vezes, os fundos públicos para apoiar a sustentabilidade nem sempre são aplicados da forma mais eficiente.”
O engenheiro reflete também a questão da circularidade dos materiais, ao se aproximarem do seu fim de vida útil. Nomeadamente a questão dos veículos elétricos e seus componentes. Por um lado, deveriam ser mais acessíveis a grande parte da população. Por outro lado, torna-se essencial a realização, a montante, de uma análise ao ciclo de vida. Com estes estudos, é possível desenvolver estratégias que permitam reintroduzir as matérias-primas no ciclo económico.
Para este “líder energético” só desta forma, pensando num prisma global, será possível cumprirem-se as metas climáticas estabelecidas.
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