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Descarbonizar setores “hard-to-abate” será certamente o desafio para o novo ano, e para o futuro próximo

Mais tecnologias e processos são necessários para o cumprimento de metas.

Descarbonizar setores “hard-to-abate” só será possível caso existam alternativas visando a sua transformação bem como através de investimento em novas tecnologias. Compreendendo quanto Portugal consome de energia, é realmente imprescindível encontrarem-se novas soluções energéticas.

Os setores “hard-to-abate”, numa tradução livre de “difícil em abater”, caracterizam-se por um consumo intensivo de energia para a sua operação. Como tal, existe uma maior dificuldade em reduzir as emissões ou descarbonizar os seus processos, que não passam pela eletrificação (apenas). É neste momento que entram em cena os combustíveis de baixo carbono, por exemplo, ou hidrogénio ou, mesmo, o biometano. Falamos de indústrias nacionais que também aguardam por soluções de armazenamento e captura de carbono. E não apenas para diminuição de impactos ambientais, mas como forma de economia circular – caso haja necessidade desse elemento voltar a ser usado.

De forma direta, são os setores envolvidos na produção de cimento, aço e alumínio, indústria química e transporte de longo curso (embora para este último já comecem a existir alternativas).

No artigo partilhado pela Future Energy Leaders Portugal ou FELPT, António Comprido, Secretário-Geral da EPCOL é pragmático: “É imperioso encontrar formas de descarbonizar as moléculas que compõem os combustíveis líquidos e gasosos.”

Descarbonizar setores “hard-to-abate” é, de acordo com António Comprido, na imagem, um desafio no futuro industrial

Descarbonizar setores “hard-to-abate”, com tecnologias que se começam a impor

Sistemas CCUS – captura, utilização e armazenamento de carbono, hidrogénio e biocombustíveis, podem ser os elementos chave para esta transição. Ao serem aplicados nos setores “hard-to-abate”, são algumas das tecnologias que também surgem com maior disponibilidade. Ainda assim, há muito por fazer, nomeadamente pensando em cada processo, mas, essencialmente em termos de investimento.

Maiores apoios, incentivos fiscais e económicos, melhoria de infraestruturas, são algumas das respostas necessárias. Mas os elevados valores de financiamento, o risco económico associado aos projetos (e temos verificado alguns casos últimos, ainda que pontuais), a falta de mão de obra qualificada, a maturidade e falta de escala nas tecnologias, revelam-se como problemas ao desenvolvimento.

Como garantir uma resposta eficaz? Citando o artigo (que é mandatório ler):

  • Apostando em políticas públicas estáveis e apoios financeiros que promovam a inovação e a expansão de tecnologias ainda em desenvolvimento.
  • Assegurando também a colaboração público-privada e os investimentos em capacitação técnica, fundamentais para superar a lacuna de conhecimento nas tecnologias emergentes.

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