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Consórcio que junta EDP e Galp no hidrogénio verde passa primeira etapa do licenciamento ambiental

A Agência Portuguesa do Ambiente indicou ao consórcio Hytlantic que a sua proposta preliminar relativa ao projeto GreenH2Atlantic “cumpre os requisitos”, permitindo ao agrupamento da EDP e Galp avançar para a realização do estudo de impacto ambiental.

A Hytlantic, empresa que junta a EDP, a Galp e outros parceiros para desenvolver em Sines o projeto de hidrogénio verde GreenH2Atlantic, obteve uma decisão positiva da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) na fase preliminar do licenciamento daquele projeto, com a APA a indicar que a proposta de definição de âmbito que antecede o estudo de impacto ambiental “cumpre os requisitos”.

A Hytlantic tinha iniciado o licenciamento ambiental do GreenH2Atlantic em novembro do ano passado, apresentando a respetiva proposta de definição de âmbito, ou seja, um documento que define orientações para o estudo de impacto ambiental (EIA), de forma a minimizar a possibilidade de o EIA vir a apresentar desconformidades.

A APA deu “luz verde” à proposta de definição de âmbito no passado dia 5 de janeiro, mas chamou a atenção do consórcio para a necessidade de abordar no EIA um conjunto de elementos sobre os quais a proposta da Hytlantic era omissa. O parecer da comissão de avaliação destacou “alguma incerteza associada ao projeto”, já que a disposição dos equipamentos pode vir a ser alterada.

Entre os elementos a acautelar no EIA, segundo a APA, estão matérias como a ligação ao sistema de tratamento de águas residuais, a captação de água do mar, e a articulação com o centro de dados que já está a ser construído em terrenos contíguos aos da futura unidade de hidrogénio verde.

O consórcio, que além da EDP e da Galp também inclui a Bondalti, a Engie, a Martifer e a Vestas, pretende numa primeira etapa do GreenH2Atlantic instalar uma unidade de produção de hidrogénio verde nos terrenos que eram ocupados pela antiga central termoelétrica a carvão (da EDP), com o arranque de produção previsto para o ano 2026.

Essa unidade terá uma capacidade de eletrólise de 96 megawatts (MW), distribuída por 96 blocos de 1 MW cada.

É esperada uma produção anual de 9 mil toneladas de hidrogénio verde, dos quais 31% serão enviados para a refinaria da Galp em Sines (substituindo o hidrogénio dito cinzento que a Galp já aí consome, obtido a partir do gás natural). Os restantes 69% da produção serão injetados na rede de transporte de gás natural que é operada pela REN.

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