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Comissário europeu pede “não parem de produzir carros com motor de combustão”
O comissário europeu para o mercado interno, Thierry Breton, está preocupado com as dificuldades sociais e económicas provocadas pela eletrificação do setor automóvel: “há 600 mil postos de trabalho em risco”.
Thierry Breton, ex-ministro da Economia francês, e atual comissário europeu para o mercado interno, tem sido uma das vozes mais cautelosas na Europa relativamente à proibição da venda de automóveis novos com motor de combustão. Uma proibição aprovada a semana passada e que entrará em vigor em 2035.
Numa entrevista ao jornal francês Les Echos, o comissário europeu fez questão de alertar novamente para os riscos que esta decisão pode representar. Entre eles, a quebra nas exportações, a extinção de 600 mil postos de trabalho e o aumento do custo dos automóveis para os europeus.
Uma entrevista longa, que surge poucos dias antes do anúncio da norma Euro 7 — marcado para esta quarta-feira, dia 9 de novembro — e que ditará as regras de emissões dos automóveis para os próximos anos.
Os «sinais vermelhos» da eletrificação automóvel
A União Europeia acordou recentemente a proibição de venda de automóveis novos com motores de combustão em 2035. Uma medida que vai provocar uma das maiores transformações na história da mobilidade e que marca mais um passo na redução das emissões de carbono.
Perante esta decisão, há marcas que estão a acelerar a eletrificação e a abandonar antecipadamente os motores de combustão. Em entrevista ao jornal Les Echos, Thierry Breton, comissário europeu para o Mercado Interno, pede, no entanto, alguma cautela:
“Nunca questionei a vontade de eletrificação da indústria automóvel. A minha preocupação é o impacto nos nossos concidadãos, no emprego e na economia. Respeito a decisão de acelerar para uma oferta 100% elétrica, mas também encorajo a indústria a continuar a produzir carros com motor de combustão interna, gerando empregos de qualidade e continuando a ser uma força exportadora.”
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