À margem de fóruns de energia, a declaração é oportuna para um setor que procura dar resposta às metas europeias.
Cerâmica e Vidro precisam de inovação para descarbonizar, sendo claros os desafios que a intensidade energética acarreta.
Mesmo usando gás natural, e agora procurando associar este combustível com outros renováveis e mais ecológicos, as indústrias da cerâmica e vidro têm de acelerar o passo.
Nas palavras de Vítor Francisco (CTCV), à margem da Lisbon Energy Summit, ocorrida em junho passado, a implementação de novas tecnologias ou o seu desenvolvimento não estão ainda disponíveis. Isto leva também a um desfasamento na sua maturidade e passagem de projetos piloto a maiores escalas.
Por outro lado, esta situação coloca em causa as metas definidas no âmbito do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, sendo que a União Europeia é intransigente nas suas linhas de ação.

Cerâmica e Vidro precisam de inovação para descarbonizar, também com eficiência nos processos energéticos
Outras alternativas de descarbonizar através dos processos energéticos, existem.
Passam, sobretudo, pela aplicação dos projetos de hidrogénio que, como já visto, têm sido testados. Contudo, a captura de CO2 (armazenando ou reutilizando), e até mesmo o reuso do vidro descartado, que não sendo reciclado, pode reduzir as temperaturas de cozedura dos fornos, cortado com as emissões.
Explica o gestor: “Para alcançar metas, setores intensivos em energia terão de contribuir com reduções significativas de emissões. (…) irá depender, em grande parte, da implementação, mas sobretudo do desenvolvimento de tecnologias inovadoras emergentes que podem não estar disponíveis tão cedo.”
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