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Carros elétricos em Portugal. Uma realidade crescente.

Correspondem apenas a 0.8% dos automóveis em circulação. Mas os carros elétricos em Portugal, começam a aparecer cada vez mais nas estradas.

Falamos de um aumento de 149% em apenas dois anos. Desde 2020 a 2022, foram vendidos cerca de 8100 carros elétricos em Portugal, o que não é pouco para o bolso nacional.

Talvez por uma questão de mudança de mentalidade, de verdadeira preocupação pelas alterações climáticas, ou talvez por não querermos ficar atrás, algo mudou. Por outro lado, verifica-se que a aquisição dum veículo elétrico, acaba por compensar, em termos de gastos mensais. Existe uma poupança efetiva no “Custo Total de Operação” que vai desde o momento de compra, até à revenda ou abate. Nestes valores também se incluem a isenção do Imposto Único de Circulação e do Imposto Sobre Veículos, e descontos na altura de pagar estacionamento em algumas cidades.

Ainda assim, certamente que irá demorar até a frota em circulação ser toda elétrica. Não falando dos vários modelos, ou dos preços, há que ter em consideração toda a cadeia de valor. Desde as matérias-primas, que também são de origem mineral, o preço das mesmas, a sustentabilidade associada, ou até mesmo, já por fim, a criação de uma rede elétrica eficaz e segura.

Imagem colorida de um ponto de abastecimento de energia elétrica, carregando um carro elétrico.

Apoios e mudanças necessárias

Sabe-se, ainda assim, que o maior entrave à aquisição de carros elétricos em Portugal é, sem dúvida, o preço associado. De acordo com a Associação para a Modernização da Mobilidade Elétrica (AMME), seria bastante interessante haver uma alteração nos apoios governamentais. Nomeadamente, para os privados, considerarem-se ajudas para a compra de veículos em segunda mão. Por outro lado, existe o custo de carregamento. Se os combustíveis estão caros, o preço da rede elétrica não está muito melhor. E, embora hajam postos de carregamento, a informação é escassa (e leva a erros) para vários utilizadores.

“Existe, sem dúvida, falta de oferta de veículos elétricos nas gamas de entrada: é possível comprar um utilitário a gasolina por 13 mil euros, e não há equivalente elétrico, é um facto. (…) mas a realidade mostra que o crescimento das vendas é exponencial. Em Portugal, (…), se mais unidades estivessem disponíveis, mais seriam vendidas”, afirma a AMME.

Contudo, acrescenta também que, mesmo com a nova lei da União Europeia para 2035, muito ainda terá de acontecer. A transição não depende apenas da mudança nas estradas, e os outros setores terão de acompanhar a evolução.

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