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Carros a combustão fóssil a partir de 2035. As novas regras na União Europeia.

Será que poderemos usar carros a combustão fóssil a partir de 2035, ou teremos de alterar drasticamente a nossa forma de locomoção?

Votada a 14 de fevereiro, com aprovação do Parlamento Europeu, a nova lei define que a partir de 2035 a venda de veículos ligeiros de passageiros e comerciais tornar-se exclusiva para carros com emissões zero. Ou seja, apenas serão vendidos carros que não emitam quaisquer emissões de carbono para a atmosfera, via tube de escape.

Isso não quer dizer que a sua circulação seja restringida depois dessa data. Falamos, neste caso, de carros movidos a combustão fóssil (gasolina ou gasóleo), sejam a combustão interna ou híbridos.

Portanto a resposta à pergunta é: não. Não temos de mudar. Pode-se continuar a usar carros a combustão fóssil, desde que adquiridos antes de janeiro de 2035.

Assim, por forma a atingir as metas de neutralidade carbónica através dos transportes individuais, todos os veículos ligeiros vendidos a partir de 2035 terão de apresentar motores que, mesmo a combustão, sejam neutros em carbono. A fonte de energia poderá ser por via de hidrogénio ou sintética, por exemplo, os e-fuels.

3 bandeiras da União Europeia representadas, após decisão do Parlamento Europeu decidir a proibição de venda de carros a combustão fóssil em 2035

Esta medida vem na sequência do pacote legislativo europeu “Fit for 55”. Este módulo apresenta como passos intermédios uma redução de emissões em carbono até 55% em veículos ligeiros novos vendidos até 2030. Um segundo objetivo é dedicado à aquisição de novas carrinhas ou SUV, cuja redução se pretende num valor 50% para o mesmo período.

Quais os apoios na aquisição de novos modelos?

É importante entender que a transição energética, nomeadamente no que diz respeito à aquisição de veículos, não é fácil. Muito menos está acessível a grande parte da população europeia.

No caso particular de Portugal, este fator agrava-se, uma vez que a idade média dos veículos é superior, quer na frota automóvel em circulação, quer na idade média de abate.

Contudo, também é certo que estas alterações, com vista a um futuro mais verde, representam, de acordo com o Parlamento Europeu, uma resposta à Rússia. A União Europeia permanece comprometida em acelerar a sua transição para uma energia mais limpa e neutra, pese as ameaças.

Como tal, de forma a evitar um ainda maior fosso social, a União Europeia pretende que a transição na mobilidade seja, de acordo com o que se espera de uma justiça climática, viável e justa para todos os cidadãos.

Os próximos passos ainda estão para ser decididos, mas uma das medidas a serem tomadas passa pela produção destes novos automóveis em solo europeu, diminuindo também a dependência internacional de importação.

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