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CALB em Sines, num investimento de 2 mil milhões de euros

 

Caberá à CALB em Sines, o investimento para a produção de baterias, num total que se aproxima das 43 milhões de células anuais. Só em impactos sociais, espera-se a criação de 1800 postos de trabalho.

“Projeto de interesse nacional”, conferido pelo Governo em 2023, encontra-se atualmente em fase de consulta pública até 29 de fevereiro. A fábrica de baterias de lítio, projeto da CALB em Sines, prevê a construção de uma unidade industrial que será “altamente inteligente, informatizada e automatizada, com zero emissões de carbono”, fora o forte impacto social e económico para toda a região.

Fala-se num investimento de 2 mil milhões de euros, para uma capacidade de produção de, aproximadamente, 23 mil células diárias. Anualmente contar-se-á com 187 mil baterias cuja capacidade total será de 15 GW por hora. E, se tudo correr bem, a CALB tem ideia de aumentar as instalações na região, depois de 2028, e dos 15 GW, passar para 45 GWh.

“O verdadeiro potencial de Portugal passa também pela cadeia de abastecimento local, pelo que, a vontade de investir no país continua totalmente inalterada”, diz a CALB ao Jornal de Negócios.

Fotografia aérea da zona industrial de Sines. A empresa chinesa CALB em Sines, irá desenvolver um mega projeto de fabrico de baterias, garantido cerca de 1800 postos de trabalho

CALB em Sines, com entrada “imediata” de trabalho e produção

Ocupando 91 hectares da Zona Industrial de Logística de Sines, a CALB terá a seu cuidado 5 edifícios. Estes estarão equipados para a produção de todos os equipamentos, incluindo as células e o embalamento. Com uma carga de trabalho em regime contínuo, funcionando por turnos, a multinacional chinesa quer iniciar operações até o final de 2025.

Sendo “Projeto de Interesse Nacional”, um dos objetivos será a ligação da empresa com a rede elétrica nacional. Por outro lado, de acordo com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o consumo previsto de carga anual será de 450 GWh. Ainda assim, esperando que parte deste gasto energético seja assegurado por uma Unidade de Produção para Autoconsumo, via um sistema fotovoltaico.

Em relação ao consumo de água, um recurso cada vez mais escasso no Alentejo e Algarve, o abastecimento terá por origem a albufeira de Morgavel, sem qualquer uso de águas subterrâneas. Todo o projeto irá, contudo, afetar 5.3 hectares de montado, com eventual abate de 703 sobreiros e azinheiras.

Ainda assim, o projeto da CALB em Sines, terá ainda de passar ao estudo de Avaliação de Impacte Ambiental. Igualmente para serem avaliados os estudos de Prevenção de Controlos Integrados de Poluição e Prevenção de Acidentes Graves.

Para a empresa, este empreendimento “representa uma oportunidade para o desenvolvimento económico nacional e global, contribuindo para a transição energética global e para o desenvolvimento do PIB  Nacional e Europeu”. Uma aposta inequívoca ao espaço que Portugal apresenta perante a Europa e restante espaço mundial.

 

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