www.greensavers.sapo.pt

Biorresíduos transformados em energia em Cascais, onde a sensibilização no município marca a diferença

 

Novo ano, novas regras. A partir de 1 de janeiro, o tratamento de resíduos sofreu alterações e obriga os municípios a novas ações. Em Cascais, os biorresíduos já são transformados em adubos e fontes de energia, num trabalho de gestão e educação ambiental.

Em Cascais já existe uma cobertura para a recolha dos biorresíduos descartados. Ao longo dos últimos anos, cerca de 60 mil agregados familiares já foram contactados para aderir aos novos baldes de recolha. Simultaneamente, as ações de esclarecimento abrangeram a restauração e a hotelaria (canal HORECA). O resultado são 45 mil toneladas de resíduos orgânicos reciclados por ano. Neste processo, os materiais têm sido usados para produção de composto e adubo, mas também como fonte de energia, usando-se para tal, cerca de 10% do total recolhido.

Contudo, para este sucesso acontecer, e que ainda poderá crescer mais, há que saber fazer um bom trabalho. Não se fala apenas na questão tecnológica, mas essencialmente, ao nível da empatia com a população.

Para Joana Balsemão, Vereadora do Ambiente, Câmara Municipal de Cascais a principal diferença ocorre mesmo ao nível da educação e comunicação com os munícipes: “O que nós notámos é que a explicação, a disponibilidade destas equipas para responderem a dúvidas, etc., fez muita diferença na adesão, que foi na ordem dos 96%, e também no impacto e na utilização.”

Fotografia a cores de uma central de transformação de biorresíduos, observando-se 3 torres verdes e duas chaminés. Em Cascais os biorresíduos são transformados em energia e fertilizantes, a par de outros municípios. A empresa gestora ambiental Tratolixo, é a responsável pela transformação.

Biorresíduos transformados em energia e em fertilizante, são também uma forma de circularidade

Nada se perde, nada se ganha, tudo se transforma. Deveria ser este o lema generalizado, no que toca à geração de novas fontes de energia. Contudo, ainda um caminho longo há a fazer, devido aos atrasos nas instalações nos municípios. Mas também por falta de algum cuidado pela parte da população. Hábitos enraizados que devem ser mudados, pese os valores anuais de reciclagem.

Joana Balsemão explica que dos 10% de resíduos recolhidos (4.5 mil toneladas), são assim desviados para a produção energética. Contas feitas, 1 tonelada de restos de comida, pode gerar 300 kWh de energia elétrica. Além do fertilizante que é também criado.

Ainda assim, o principal ganho quantitativo atual, é o ambiental. São cada vez menores os volumes que seguem para aterro – mas ainda existem.

 

LEIA A NOTÍCIA ORIGINAL AQUI