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Apostar em óleos usados é um dos temas da campanha levada a cabo pela Associação de Bioenergia Avançada
A ABA tem vindo a desenvolver trabalho na literacia e comunicação, querendo mudar o preconceito dos consumidores.
Apostar em óleos usados de origem alimentar (OAU), gorduras animais, margarinas, etc., resulta na transformação em combustível sustentável. Este terá menos CO2 associado, e, logo, menor número de emissões.
E a ABA – Associação de Bioenergia Avançada, tem apostado no chamado “debate informado”, chamando a atenção a este tema.
Começando por alertar sobre o descarte errado deste tipo de matéria. Além de ser um desperdício de energia futura, é também um perigo para o ambiente. Estima-se que 1 litro de óleo doméstico deitado no ralo contamine de uma só vez 1 milhão de litros de água.
Por outro lado, esclarece-se com estas conversas alguns mitos reais. Os combustíveis de segunda geração, provenientes de resíduos, não competem com as culturas alimentares. São resíduos, por isso, descartados – e não provêm de solos agrícolas.

Apostar em óleos usados é apenas um passo na descarbonização e redução de emissões
“Esta fonte energética não é apenas uma alternativa, mas sim uma solução prática e viável que aproveita resíduos para criar valor, proteger o ambiente e acelerar a transição energética” explica Ana Calhôa, Secretária Geral da Associação de Bioenergia Avançada.
Para Ana Calhôa o problema está na aceitação da sociedade. Fala-se em alterações climáticas, e sustentabilidade, mas pouco ainda se emprega eficazmente. A produção de biocombustíveis a partir de OAU pode reduzir entre 84% a 97% de emissões de gases com efeito de estufa.
O fabrico de HVO e SAF pode ser usado diretamente no setor de transportes, e desta forma contribuir para a mistura energética necessária. Além disso, não requer nenhuma transformação às infraestruturas existentes ou aos motores automóvel, por exemplo. Ainda assim Portugal está a usar menos de 40% da sua capacidade para produzir este tipo de combustíveis de baixo carbono. A aposta em misturas mais ricas é um dos pontos que a ABA tem igualmente vindo a discutir, de forma a potenciar ainda mais a incorporação.
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