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A redução de CO2 com biocombustíveis

A redução de CO2 com biocombustíveis está mais que provada. Uma vez que são essenciais à descarbonização, nomeadamente dos transportes, procura-se agora estabelecer uma ainda maior produção.

Foi na primeira conferência “B+ Summit”, que os combustíveis de baixo carbono, nomeadamente os biocombustíveis, se tornaram destaque para a descarbonização dos transportes.

Realizada no passado mês de abril, no Estoril, esta conferência contou com a participação de várias empresas ligadas à indústria. Em resultado, o objetivo foi claro em apresentar melhores soluções para que as metas europeias sejam cumpridas. Ao mesmo tempo, apresentaram-se ideias para um reduzido impacto ambiental.

Uma das primeiras conclusões do evento, é que os biocombustíveis resultantes da transformação de resíduos, contribuem para uma diminuição de 78% de emissões no setor da mobilidade. Contudo, se forem incluídos todos os biocombustíveis produzidos, o peso aumenta para 96%.

Outra assunção é que em Portugal, a capacidade de produção desta energia alternativa, está muito abaixo do esperado. Além disso, do total realizado, apenas 40% é realmente aplicado. Por conseguinte, torna-se claro que não é suficiente para suprir as necessidades e, havendo oportunidade para se fazer mais, há que aproveitá-la.

Também Ana Marisa Calhôa, secretária-geral da Associação de Bioenergia Avançada (ABA) não tem dúvidas que a redução de CO2 com biocombustíveis pode ir, de facto, mais longe. Principalmente se considerarmos a sua mistura com os combustíveis tradicionais de origem fóssil.

Na lista atual temos, Diesel B7, que corresponde à incorporação de 7% no gasóleo convencional; B25, que usa 25% de biocombustíveis, nos veículos pesados de passageiros; B33, associado aos pesados de mercadorias. Ou seja, estes são apenas alguns exemplos já aplicados na indústria e setor. Assim, ao criar-se o precedente tecnológico e químico, temos a possibilidade de garantir misturas ainda mais ricas, que deverão ser usadas.

Imagem colorida de 4 estações de tratamento e transformação para biocombustíves ou biogás

A realidade da redução de CO2 com biocombustíveis em Portugal

Durante a intervenção da ABA na “B+ Summit”, Ana Calhôa, apresentou igualmente projetos desenvolvidos pelos seus associados, em território nacional. Acrescentando ainda o que aconteceria caso usássemos o potencial total de produção: metade dos combustíveis tradicionais podem ser substituídos, nomeadamente no transporte pesado.

“Os biocombustíveis produzidos a partir de resíduos são a energia renovável que mais contribui para a descarbonização dos transportes. Se incluídos todos os biocombustíveis, o peso da redução é ainda maior, representando uma descarbonização do setor na ordem dos 96%”, afirma a secretária-geral da ABA, afirmando ainda que a energia elétrica, atualmente, apenas auxilia com 0.5% das reduções necessárias.

Tendo em conta que os biocombustíveis não são apenas produzidos por culturas que possam competir com alimentação, e que várias alternativas são usadas, desde a produção de hidrogénio, à utilização de resíduos alimentares, há que ter maior atenção à sua importância.

Se Portugal quer pautar pela diferença, terá certamente que olhar ao seu potencial de produção.

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