eco.sapo.pt
A estratégia nacional para a Energia – e as oportunidades de Portugal
Think tank londrina, apresenta um estudo onde identifica Portugal como um dos mais importantes países para a transição europeia. Contudo, se a estratégia nacional para a energia não for bem aproveitada, os ganhos serão mínimos.
Num estudo realizado pela empresa E3G, a estratégia nacional energética apresenta riscos se não for bem elaborada. A empresa especializada em alterações climáticas, explica que, se os investimentos em Portugal não forem bem canalizados, os lucros (e outros ganhos) serão bastante inferiores ao esperado.
Neste caso, aponta-se nomeadamente os projetos de hidrogénio verde e de prospeção de lítio. Ambos necessários à indústria renovável e ambos um marco para as políticas energéticas na Europa. Em causa, a falta de aposta no total do potencial associado aos investimentos e também, uma fraca gestão na cadeia de valor.
Por consequência, a estratégia nacional energética, necessita assim de acrescentar, mais do que as meras exportações potenciais, todas as hipóteses associadas.
“Portugal arrisca-se a perder a oportunidade de fazer parte do impulso global de investimento em tecnologias limpas” afirma a E3G, caso não se faça caso da indústria paralela à produção de hidrogénio ou da mineração.
O aço “verde” e a produção de eletrolisadores, em Portugal, são duas áreas a associar aos vários projetos já iniciados. Certamente que contribuem para um crescimento económico do país, e referem-se a incentivos sustentáveis. Ou seja, dentro dos pressupostos base, são produtos finais que acarretam uma ampla promoção à redução de impacto ambiental.
Por outro lado, o crescimento de fábricas para produção de baterias, será um excelente passo a adicionar à exploração de lítio. Principalmente se tiver em conta os ganhos para e economia, e a criação de postos de trabalho.
Estratégia nacional energética com visão ambiental
Além de todo o impacto económico, esta nova visão estratégica tem assim em conta uma também visão ambiental. Contudo, o relatório aponta também alguns erros no que toca à partilha de informação. Por exemplo, as populações sejam mais diretamente afetadas por algumas das atividades deverão ser amplamente esclarecidas. Não apenas no que concerne às soluções e benefícios socioeconómicos, mas, e principalmente, de que forma os impactos ambientais podem ser reduzidos ou mitigados, resultantes do desenvolvimento dos projetos propostos.
Essencialmente, a 3EG, considera necessário ter em atenção a cadeia de valor, mas incorporando todos os aspetos associados à sustentabilidade dos projetos. Ou seja, pensar-se além do recurso óbvio e lucros imediatos. Só dessa forma, a indústria poderá crescer de forma eficiente, com um forte ajuste e orientação.