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Sines abre rota para o Brasil, mais direta, e voltando a colocar Portugal no caminho marítimo entre a Europa e a América do Sul

Sines, um dos principais portos de entrada na Europa, abre rota para o Brasil. Reduzindo a viagem até 22 dias, este novo “caminho marítimo” espera potenciar as relações mercantis entre os dois países.

No âmbito do acordo comercial EU – Mercosul, o Porto de Sines, abre rota para o Brasil. Direcionando-se para o nordeste, em Pecém, Forteleza, este novo caminho, reduz em 22 dias a distância entre países e continentes.

Permitindo ao Brasil tornar-se um dos principais exportadores mundiais de hidrogénio verde, possibilita também o aumento da troca de mercadorias. Ao mesmo tempo, faz valer o acordo assinado em maio, entre o Porto de Pecém e os Países Baixos. Neste documento, o transporte de hidrogénio verde faz-se entre os portos de Pecém e Roterdão, e terá a participação da empresa portuguesa EDP.

 

Fotografia aérea colorida do Porto de Sines. Sines abre rota para o Brasil, potenciando a troca de mercadorias e hidrogénio verde para a Europa

Hidrogénio verde e biofertilizantes na mira e rota do Brasil

“O porto de Roterdão [funcionará] como um hub na subida do hidrogénio verde e ele vai distribuir por todo o noroeste europeu (…) Eu não duvido que daqui a pouco Portugal também esteja nessa conexão” esclarece André Magalhães, diretor comercial do Complexo do Pecém em Fortaleza, que espera o início da exportação para 2027.

Contudo, o objetivo brasileiro é ter capacidade de produção e exportação de hidrogénio verde. No caso, será realizado a partir da eletrólise de água e usado no fabrico de fertilizantes para a agricultura. Desta forma reduzirá a dependência russa destes elementos.

Já a relação da EDP com o governo do Brasil vem desde 2022, quando se produziu a primeira molécula de hidrogénio da América Latina. Já em julho de 2023, Lula da Silva reuniu com Miguel Stilwell, presidente executivo da EDP. Deste encontro resultou a certeza que “o hidrogénio verde será um dos protagonistas na transição energética mundial nos próximos anos e integrar operações na vertente desse gás e de seus derivados é estar à frente no mercado de energia“.

Entretanto, para o cônsul de Portugal em Fortaleza, Rui Almeida, além da localização geográfica, Sines conta com outra infraestrutura essencial (tal como Roterdão). A capacidade de transporte ferroviário que permite redução de custos e corte de emissões. A presença de infraestruturas torna-se essencial para que a nova rota seja eficiente.

 

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