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Injeção de H2 na rede de gás em Portugal, inicia-se no Seixal, margem-sul do Tejo

Com o objetivo inicial de gerar eletricidade, o Green Pipeline Project, avança agora com a injeção de H2 na rede de gás em Portugal.

Gestene, PRF, Floene, com a ajuda da Bosch e Vulcano, são os parceiros que fazem parte do projeto que agora permite a injeção de H2 na rede de gás em Portugal. Lançado em outubro de 2021, o Green Pipeline Project converge assim os conhecimentos tecnológicos e de produção de todas as empresas envolvidas.

Desta forma, e após verificação dos aparelhos usados pelos habitantes do Seixal, ocorreu neste mês de março, a primeira injeção de hidrogénio na rede de abastecimento. São cerca de 82 clientes domésticos e comerciais que têm acesso à mistura de hidrogénio verde e gás natural.

Contando com a presença do primeiro-ministro, António Costa e do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, a abertura da válvula de injeção, marca o início da mudança futura.

Também presentes, encontravam-se o presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, bem como o presidente do Conselho de Administração da Floene, Diogo da Silveira que referiu: “A história repete-se. Agora, mais de 20 anos depois da energia renovável eólica e solar, é a vez dos gases renováveis. Do eletrão à molécula.”

Imagem apresenta 2 tanques de armazenamento e mistura de Hidrogénio do projeto responsável pela injeção de H2 na rede de gás natural em Portugal.

Green Pipeline Project, um projeto comum, português, iniciado pela Gestene

Nesta fase inicial, a injeção de H2 na rede de gás, perfaz 5% do volume total em circulação. Sendo produzido nas instalações da Gestene, no Parque Industrial do Seixal, recorre-se a energia solar durante o dia e a energia verde da rede elétrica, durante a noite, para a sua geração. Com capacidade de 60KW, o investimento total ronda os 400 mil euros à empresa.

Esse valor, essencialmente alocado à aquisição de eletrolisadores, revelou-se significativo para uma empresa mais pequena como a Gestene. É bastante mais acessível do que outros equipamentos no mercado, e foi pago com capitais próprios.

Já em relação aos resultados, esperados, nas palavras do CEO da Floene, Gabriel Sousa, “É em cidades que podemos ter injeções a variar entre os 2 e 20%, mas não será para 80 clientes [como no piloto no Seixal], será para a rede toda. Prevemos que tenhamos projetos à escala real ainda durante o ano de 2023”.

Contudo, por agora, este primeiro teste continuará no Seixal. Espera-se, no entanto, que em 2 anos, a percentagem de H2 injetado aumente para 20%, e consideram-se outros testes para uma abordagem com 100% de hidrogénio a entrar na rede.

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