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Coimbra estuda microalgas, para uma fonte de energia renovável com base na sua comunicação

A Universidade de Coimbra estuda microalgas, num novo laboratório de bioeletrónica e bioenergia. O objetivo audacioso consiste em identificar as formas de comunicação entre estes organismos, de forma a armazenar os seus sinais sob a forma de energia renovável no futuro.

Iluda-se quem ache que as microalgas não têm potencial enquanto combustíveis de quarta geração. Estes organismos, continuam a dar trabalho na investigação biocientífica. E agora Coimbra estuda microalgas, desenvolvendo sensores que detetam a comunicação entre as espécies. Ao encontrar estes sinais, podem captá-los, armazená-los e gerar energia.

Embora a origem destes sinais elétricos seja ainda estranha aos cientistas, existe claramente identificada uma relação com o stress ambiental. Como tal, é objetivo do grupo de trabalho, encontrar a fonte dos sinais e perceber a comunicação iónica entre as microalgas e bactérias.

 

Imagem ilustrativa de laboratório, com tubo de Erlenmeyer com líquido verde para análise de microalgas. Coimbra estuda microalgas para captura de energia.

Coimbra estuda microalgas, formas de energia e tem a sua própria “algoteca”

O projeto Generating Energy from Electroactive Algae (GREEN), cuja página oficial pode ser consultada aqui, em GREEN PROJECT, permitiu a criação de num novo laboratório na Universidade de Coimbra.  São nestas instalações que estão a ser feitos estudos sobre bioeletricidade. Esta informação irá permitir a medição dos canais de comunicação, tanto em microorganismos, como também em células do cérebro humano.

“Começámos por estudar algumas espécies de microalgas para perceber o tipo de comunicação que tinham. Se conseguirmos armazenar esses sinais bioelétricos de maneira eficiente, conseguimos ter uma fonte de energia renovável.” explica Paulo Rocha, professor e investigador da Universidade de Coimbra.

Contudo, não é a primeira vez que a Universidade de Coimbra se dedica a estes estudos. No Colégio de São Bento, localiza-se a Algoteca de Coimbra, onde se podem encontrar até cerca de 5 mil estirpes de microalgas. Neste caso, a Universidade de Coimbra, dentro da sua área de investigação, dedica-se também à identificação do potencial biotecnológico que estes organismos possuem. Destes resultam produtos aplicados à indústria alimentar, farmacêutica e também cosmética, contribuindo igualmente para mitigação ambiental.

Um potencial único que merece atenção.

 

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