IEA (International Energy Agency)

Capturar CO2 do ar pode ajudar a atingir a meta de emissões líquidas zero

Em 2018, o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) confirmou que, para limitar o aquecimento global a 1.5ºC, o mundo precisa de reduzir para metade as emissões de CO2 até 2030 e alcançar as zero emissões líquidas até meados do século.

Neste sentido, a captura direta de ar desempenha um papel importante e crescente nas vias para alcançar estes objetivos. Capturar CO2, diretamente do ar, e armazená-lo permanentemente, remove o CO2 da atmosfera, e proporciona uma forma de equilibrar as emissões (como o transporte de longa distância e a indústria pesada), além de oferecer uma solução, para as emissões preexistentes.

O CO2 capturado do ar, também pode ser usado como matéria-prima “climaticamente neutra”, numa variedade de produtos que requerem uma fonte de carbono, e assim apoiar uma das poucas opções disponíveis para redução de emissões no setor.

No cenário Net Zero Emissions até 2050, da AIE, as tecnologias de captura direta de CO2 do ar permitirão capturar mais de 85 Mt de CO2 em 2030 e cerca de 980 MtCO2 em 2050, das quais cerca de 350 Mt serão usadas para produzir combustíveis sintéticos para a aviação. Neste momento, 18 instalações de captura direta estão a operar no Canadá, Europa e Estados Unidos.

O Relatório Direct Air Capture, recentemente divulgado pela AIE, explora a crescente dinâmica por detrás da captura direta de CO2 da atmosfera. Também mostra as oportunidades e desafios para a implantação destas tecnologias, considerando o seu nível atual, o potencial de redução de custos, as necessidades futuras de energia e os locais ideias para as instalar. Por fim, este relatório também identifica os principais impulsionadores de investimento, ou as prioridades em termos de ação política.

Leia  AQUI o Relatório Direct Air Capture